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Com o crescimento da expectativa de vida a atuação fonoaudiológica é cada vez mais freqüente em doenças progressivas, degenerativas como a Doença de Alzheimer , que acometem com maior prevalência a crescente população idosa.
Surge então a necessidade do conhecimento real, claro e principalmente científico para que a fonoaudiologia possa dispor de suas técnicas e procedimentos em favor da qualidade de vida do portador da Doença de Alzheimer, contribuindo efetivamente para o precoce diagnóstico, através do conhecimento de sua sintomatologia cognitiva inicial, e para o tratamento, pois como veremos a seguir as principais queixas são referentes ao distúrbio de linguagem que progressivamente se instala.
Relato de uma Demência
Uma mulher de mais de 50 anos foi internado em um hospital por causa do comportamento cada vez mais estranho. Sua família informou que ela tinha vindo a manifestar problemas de memória e
fortes sentimentos de inveja. Ela também tornou-se desorientado em casa e estava escondendo os objetos. Durante um exame médico, a mulher era incapaz de se lembrar
nome de seu marido, o ano, ou quanto tempo ela tinha estado no hospital. Ela sabia ler, mas não parece entender o que leu, e ressaltou a
palavras de uma forma invulgar. Às vezes ela ficou agitada e parecia ter alucinações e medos irracionais. Auguste Deter foi a primeira pessoa relatado (em 1901) para ter a forma de demência, agora conhecida como doença de Alzheimer. A doença é nomeada após Alois
Alzheimer, o médico alemão que primeiro o descreveu. A doença de Alzheimer é a principal causa de demência. Depois de Auguste Deter morreu em 1906, os médicos examinaram
seu cérebro e descobriram que ele parecia encolhido e continha várias características incomuns, incluindo pedaços de placas estranhas e fibras de proteína chamada emaranhado
no interior das células nervosas.
Qual é a demência?
A demência não é uma doença específica. É um termo descritivo para um conjunto de sintomas que podem ser causados por uma série de distúrbios que afetam o cérebro.
Pessoas com demência têm significativamente prejudicada funcionamento intelectual que interfere com as atividades normais e relacionamentos. Eles também perdem
capacidade de resolver problemas e manter o controle emocional, e podem sofrer alterações de personalidade e problemas comportamentais como agitação, delírios,
e alucinações. Embora a perda de memória é um sintoma comum de demência, perda de memória por si só não significa que uma pessoa sofre de demência. Médicos diagnosticam
demência se duas ou mais funções do cérebro - tais como a memória, habilidades de linguagem, percepção, ou habilidades cognitivas, incluindo o raciocínio e julgamento - são
significativamente prejudicada, sem perda de consciência.
Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em pessoas com 65 e mais velhos. Especialistas acreditam que até 4 milhões de pessoas nos Estados Unidos
actualmente vivem com a doença: uma em cada dez pessoas com idade acima de 65 anos e quase metade das pessoas acima de 85 têm a doença de Alzheimer. Pelo menos 360 mil norte-americanos
são diagnosticadas com a doença de Alzheimer a cada ano e cerca de 50.000 são relatados para morrer com ele. Na maioria das pessoas, os sintomas da doença de Alzheimer aparecem depois
60 anos de idade. No entanto, existem algumas formas de início precoce da doença, geralmente ligado a um defeito genético específico, que pode aparecer logo aos 30 anos de idade. Alzheimer
doença geralmente causa um declínio gradual nas habilidades de pensamento, geralmente durante um período de 7 a 10 anos. Quase todas as funções cerebrais, incluindo memória,
movimento, linguagem, julgamento, comportamento e pensamento abstrato, são eventualmente afetadas.
A doença de Alzheimer é caracterizada por duas anomalias no cérebro: as placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. placas amilóides, que são encontrados no
tecido entre as células nervosas, são aglomerados incomum de uma proteína chamada beta-amilóide, juntamente com pedaços de degeneração dos neurônios e outras células. Neurofibrilares
emaranhados são feixes de filamentos torcidos encontrados dentro dos neurônios. Esses emaranhados são maioritariamente compostas por uma proteína denominada tau. Em neurônios saudáveis, a proteína tau
auxilia no funcionamento dos microtúbulos, que são parte do suporte estrutural da célula e fornecer as substâncias ao longo da célula nervosa. No entanto, em
A doença de Alzheimer tau, é alterado de uma forma que faz com que ele toque em pares de filamentos helicoidais que coletam em confusões. Quando isso acontece, o
microtúbulos não podem funcionar corretamente e se desintegram. Este colapso do sistema do neurônio de transporte podem prejudicar a comunicação entre as células nervosas
e levá-los a morrer. Os investigadores não sabem se as placas amilóides e emaranhados neurofibrilares são prejudiciais ou se são apenas efeitos colaterais da doença
processo que danifica os neurônios e provoca os sintomas da doença de Alzheimer. Eles sabem que as placas e emaranhados normalmente aumentam no cérebro como a doença de Alzheimer progride.
Nos estágios iniciais da doença de Alzheimer, os pacientes podem sofrer perda de memória, lapsos de julgamento e sutis mudanças na personalidade. Como o transtorno
progride, problemas de memória e linguagem piorar e os pacientes começam a ter dificuldade para realizar atividades da vida diária, tais como equilibrar um talão de cheques ou
lembrar de tomar os medicamentos. Eles podem tornar-se desorientado sobre locais e horários, podem sofrer desilusões (como a idéia de que alguém está roubando-lhes
ou que o cônjuge está sendo infiel), e pode tornar-se irritadiço e hostil. Durante as fases tardias da doença, os pacientes começam a perder a capacidade
para controlar as funções motoras, tais como deglutição, ou perder o controle da bexiga e do intestino. Eles acabam por perder a capacidade de reconhecer membros da família e de falar. Como
a doença progride, começa a afetar as emoções da pessoa e do comportamento e desenvolvem sintomas como agressividade, agitação, depressão, insônia,
ou ilusões. Em média, os pacientes com doença de Alzheimer vivem de 8 a 10 anos após serem diagnosticados. No entanto, algumas pessoas vivem contanto que 20 anos.
Pacientes com doença de Alzheimer freqüentemente morrem de pneumonia de aspiração, porque eles perdem a capacidade de engolir tarde no curso da doença.
Na Doença de Alzheimer o quadro surge de modo insidioso porém o decorrer da Doença pode ser dividido em fases:
Durante a Fase Inicial pode ser observado:
• Perda da memória recente e fixação;
• Dificuldade para aprender e reter novas informações;
• Falta a abstração;
• Dificuldade progressiva para as AVDs;
• Dificuldade em lembrar de nomes e não guarda mensagens simples;
• Pode relatar momentos de desorientação têmporo-espacial;
• Boa coordenação porém pode ter reflexos diminuídos
A Intervenção Terapêutica baseia-se na Estimulação Cognitiva onde são enfatizados:
• A Recuperação das informações através de pistas.
• As compensações através da memória PROCEDIMENTAL E IMPLÍCITA.
• Estimulação ao aprendizado, a satisfação o interesse, a alegria
• Estimulação das funções executivas de maneira graduada, como: estudar, ler, reler, fazer resumos, recordar materiais já estudados.
Durante a Fase Intermediária da Doença observa-se o agravamento do sintomas:
• A Memória anterógrada está prejudicada;
• O indivíduo pode lembrar de fatos remotos porém não mantém fatos recentes;
• A desorientação espacial está mais agravada podendo se perder dentro da própria casa;
• Desorientação quanto ao dia, mês, ano;
• Quanto a motricidade pode ser observado tremores em extremidades;
• O comportamento se mostra mais apático, sem iniciativa;
• Agitação psicomotora, perambulações são freqüentes nesta fase.
Quanto a linguagem:
• Instala-se o quadro AFÁSICO-AGNÓSICO-APRÄXICO com a presença de PERSEVERAÇÕES;
• A fala pode apresentar-se mais lenta BRADILALIAS
• A AGRAFIA é freqüente;
• Substituições de palavras PARAFASIAS
• Dificuldade em compreender sentenças complexas
• Não faz cálculos simples
• Perda do poder perceptivo-sensorial (auditivo, visual, tátil)
Na fase intermediária deve-se auxiliar o cuidador a conviver com o paciente,
individualizando a abordagem fornecendo informações claras e práticas com relação a doença e os cuidados.
Orientando quanto:
• A Manutenção da normalidade.
• Preservação da comunicação
• Não testar o paciente
• Estabelecer rotinas
• Oferecer pistas de orientação têmporo-espacial
• Evitar Confrontos
• Promover segurança;
• Quanto a alimentação:
- O paciente pode esquecer que já se alimentou;
- Pode não recordar de como utilizar os talheres;
- Os sinais de DISFAGIA são freqüentes exigindo avaliação do profissional fonoaudiólogo para investigação da causa ;
A Fase Final da Doença os familiares e cuidadores muitas vezes encontram-se mais envolvidos com a atual situação, pois o demenciado:
• Não reconhece os familiares;
• Não se reconhece no espelho;
• Encontra-se desorientado;
• Quando deambula aumentam os risco de quedas;
• Quanto a linguagem pode apresentar ECOLALIAS evoluindo para o MUTISMO;
• Total dependência para AVDs
A Intervenção Terapêutica Fonoaudiológica durante a Fase Final da Doença de Alzheimer deve ser baseada:
• Manutenção da dignidade;
• Fornecer um ambiente seguro;
• Manutenção do quadro clínico, evitando complicações respiratórias e agravamentos;
Ao cuidador prestar toda a orientação e apoio possível.
"Acreditamos portanto, que sempre há algo que possamos tentar,
(...) algo a mais que possamos fazer
(...) que possa quebrar o isolamento em que vivem."
Técnica de Reabilitação Cognitiva
Meus queridos leitores, colegas de trabalho e apreciadores deste blog, resolvi postar esta matéria, por que há anos venho estudando sobre esta triste doença que destrói tantas famílias, tantos sonhos e a dignidade de quem à possui. Infelizmente venho sofrendo há algum tempo, por "depender" dessa doença também em "minha vida" e na vida de minha família. Minha avó à possui, e hoje ela não me reconhece mais. Existem picos de lucidez, que às vezes me causa momentos de felicidade misturado com pontos de pura angústia, por que logo sei que essa tamanha lucidez que de fato é mínima, acabará em alguns segundos. Quando vou vê-la, passo horas conversando com ela tentando resgatar histórias, que ao longo do tempo se perderam em sua memória, mas ainda restam alguns resquícios que mesmo pequeninos aproveito-os para estimulá-la. Algumas vezes consigo resultados ótimos, principalmente quando nenhum fator orgânico esteja atrapalhando, como por ex: infecção urinária ou pneumonia por broncoaspiração que às vezes acontece. Mas continuo em uma luta constante para tê-la presente não somente de corpo mas também de "alma", digo isto porque tento mantê-la viva não em sentido orgânico mas também espiritual, porém, muitas vezes me frustro pois nem sempre isso é possível. Costumo dizer que ela ainda é minha avó, mas eu não sou mais sua neta, ela está em mim, mas não estou mais nela. Eu à perdi, sem realmente perdê-la. Ela está aqui, mas não está mais! Pra quem tem alguém na família com esta doença e passa por esse sofrimento, hoje no Brasil contamos com o site da ABRAZ que traz valiosas informações e ainda contamos com um projeto de amparo à família. Logo abaixo deixo o link do site para quem deseja maiores informações. Quem quiser pode postar o comentário sobre a matéria, ok? Abraço à todos!!! Aqui posto uma foto minha e da minha querida avó!
www.abraz.com.br
Fonte: Pró-Fala.com
Sistema Nervoso. com
Fonoaudiologia no Mal de Alzheimer
Com o crescimento da expectativa de vida a atuação fonoaudiológica é cada vez mais freqüente em doenças progressivas, degenerativas como a Doença de Alzheimer , que acometem com maior prevalência a crescente população idosa.
Surge então a necessidade do conhecimento real, claro e principalmente científico para que a fonoaudiologia possa dispor de suas técnicas e procedimentos em favor da qualidade de vida do portador da Doença de Alzheimer, contribuindo efetivamente para o precoce diagnóstico, através do conhecimento de sua sintomatologia cognitiva inicial, e para o tratamento, pois como veremos a seguir as principais queixas são referentes ao distúrbio de linguagem que progressivamente se instala.
Relato de uma Demência
Uma mulher de mais de 50 anos foi internado em um hospital por causa do comportamento cada vez mais estranho. Sua família informou que ela tinha vindo a manifestar problemas de memória e
fortes sentimentos de inveja. Ela também tornou-se desorientado em casa e estava escondendo os objetos. Durante um exame médico, a mulher era incapaz de se lembrar
nome de seu marido, o ano, ou quanto tempo ela tinha estado no hospital. Ela sabia ler, mas não parece entender o que leu, e ressaltou a
palavras de uma forma invulgar. Às vezes ela ficou agitada e parecia ter alucinações e medos irracionais. Auguste Deter foi a primeira pessoa relatado (em 1901) para ter a forma de demência, agora conhecida como doença de Alzheimer. A doença é nomeada após Alois
Alzheimer, o médico alemão que primeiro o descreveu. A doença de Alzheimer é a principal causa de demência. Depois de Auguste Deter morreu em 1906, os médicos examinaram
seu cérebro e descobriram que ele parecia encolhido e continha várias características incomuns, incluindo pedaços de placas estranhas e fibras de proteína chamada emaranhado
no interior das células nervosas.
Qual é a demência?
A demência não é uma doença específica. É um termo descritivo para um conjunto de sintomas que podem ser causados por uma série de distúrbios que afetam o cérebro.
Pessoas com demência têm significativamente prejudicada funcionamento intelectual que interfere com as atividades normais e relacionamentos. Eles também perdem
capacidade de resolver problemas e manter o controle emocional, e podem sofrer alterações de personalidade e problemas comportamentais como agitação, delírios,
e alucinações. Embora a perda de memória é um sintoma comum de demência, perda de memória por si só não significa que uma pessoa sofre de demência. Médicos diagnosticam
demência se duas ou mais funções do cérebro - tais como a memória, habilidades de linguagem, percepção, ou habilidades cognitivas, incluindo o raciocínio e julgamento - são
significativamente prejudicada, sem perda de consciência.
Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em pessoas com 65 e mais velhos. Especialistas acreditam que até 4 milhões de pessoas nos Estados Unidos
actualmente vivem com a doença: uma em cada dez pessoas com idade acima de 65 anos e quase metade das pessoas acima de 85 têm a doença de Alzheimer. Pelo menos 360 mil norte-americanos
são diagnosticadas com a doença de Alzheimer a cada ano e cerca de 50.000 são relatados para morrer com ele. Na maioria das pessoas, os sintomas da doença de Alzheimer aparecem depois
60 anos de idade. No entanto, existem algumas formas de início precoce da doença, geralmente ligado a um defeito genético específico, que pode aparecer logo aos 30 anos de idade. Alzheimer
doença geralmente causa um declínio gradual nas habilidades de pensamento, geralmente durante um período de 7 a 10 anos. Quase todas as funções cerebrais, incluindo memória,
movimento, linguagem, julgamento, comportamento e pensamento abstrato, são eventualmente afetadas.
A doença de Alzheimer é caracterizada por duas anomalias no cérebro: as placas amilóides e emaranhados neurofibrilares. placas amilóides, que são encontrados no
tecido entre as células nervosas, são aglomerados incomum de uma proteína chamada beta-amilóide, juntamente com pedaços de degeneração dos neurônios e outras células. Neurofibrilares
emaranhados são feixes de filamentos torcidos encontrados dentro dos neurônios. Esses emaranhados são maioritariamente compostas por uma proteína denominada tau. Em neurônios saudáveis, a proteína tau
auxilia no funcionamento dos microtúbulos, que são parte do suporte estrutural da célula e fornecer as substâncias ao longo da célula nervosa. No entanto, em
A doença de Alzheimer tau, é alterado de uma forma que faz com que ele toque em pares de filamentos helicoidais que coletam em confusões. Quando isso acontece, o
microtúbulos não podem funcionar corretamente e se desintegram. Este colapso do sistema do neurônio de transporte podem prejudicar a comunicação entre as células nervosas
e levá-los a morrer. Os investigadores não sabem se as placas amilóides e emaranhados neurofibrilares são prejudiciais ou se são apenas efeitos colaterais da doença
processo que danifica os neurônios e provoca os sintomas da doença de Alzheimer. Eles sabem que as placas e emaranhados normalmente aumentam no cérebro como a doença de Alzheimer progride.
Nos estágios iniciais da doença de Alzheimer, os pacientes podem sofrer perda de memória, lapsos de julgamento e sutis mudanças na personalidade. Como o transtorno
progride, problemas de memória e linguagem piorar e os pacientes começam a ter dificuldade para realizar atividades da vida diária, tais como equilibrar um talão de cheques ou
lembrar de tomar os medicamentos. Eles podem tornar-se desorientado sobre locais e horários, podem sofrer desilusões (como a idéia de que alguém está roubando-lhes
ou que o cônjuge está sendo infiel), e pode tornar-se irritadiço e hostil. Durante as fases tardias da doença, os pacientes começam a perder a capacidade
para controlar as funções motoras, tais como deglutição, ou perder o controle da bexiga e do intestino. Eles acabam por perder a capacidade de reconhecer membros da família e de falar. Como
a doença progride, começa a afetar as emoções da pessoa e do comportamento e desenvolvem sintomas como agressividade, agitação, depressão, insônia,
ou ilusões. Em média, os pacientes com doença de Alzheimer vivem de 8 a 10 anos após serem diagnosticados. No entanto, algumas pessoas vivem contanto que 20 anos.
Pacientes com doença de Alzheimer freqüentemente morrem de pneumonia de aspiração, porque eles perdem a capacidade de engolir tarde no curso da doença.
Na Doença de Alzheimer o quadro surge de modo insidioso porém o decorrer da Doença pode ser dividido em fases:
Durante a Fase Inicial pode ser observado:
• Perda da memória recente e fixação;
• Dificuldade para aprender e reter novas informações;
• Falta a abstração;
• Dificuldade progressiva para as AVDs;
• Dificuldade em lembrar de nomes e não guarda mensagens simples;
• Pode relatar momentos de desorientação têmporo-espacial;
• Boa coordenação porém pode ter reflexos diminuídos
A Intervenção Terapêutica baseia-se na Estimulação Cognitiva onde são enfatizados:
• A Recuperação das informações através de pistas.
• As compensações através da memória PROCEDIMENTAL E IMPLÍCITA.
• Estimulação ao aprendizado, a satisfação o interesse, a alegria
• Estimulação das funções executivas de maneira graduada, como: estudar, ler, reler, fazer resumos, recordar materiais já estudados.
Durante a Fase Intermediária da Doença observa-se o agravamento do sintomas:
• A Memória anterógrada está prejudicada;
• O indivíduo pode lembrar de fatos remotos porém não mantém fatos recentes;
• A desorientação espacial está mais agravada podendo se perder dentro da própria casa;
• Desorientação quanto ao dia, mês, ano;
• Quanto a motricidade pode ser observado tremores em extremidades;
• O comportamento se mostra mais apático, sem iniciativa;
• Agitação psicomotora, perambulações são freqüentes nesta fase.
Quanto a linguagem:
• Instala-se o quadro AFÁSICO-AGNÓSICO-APRÄXICO com a presença de PERSEVERAÇÕES;
• A fala pode apresentar-se mais lenta BRADILALIAS
• A AGRAFIA é freqüente;
• Substituições de palavras PARAFASIAS
• Dificuldade em compreender sentenças complexas
• Não faz cálculos simples
• Perda do poder perceptivo-sensorial (auditivo, visual, tátil)
Na fase intermediária deve-se auxiliar o cuidador a conviver com o paciente,
individualizando a abordagem fornecendo informações claras e práticas com relação a doença e os cuidados.
Orientando quanto:
• A Manutenção da normalidade.
• Preservação da comunicação
• Não testar o paciente
• Estabelecer rotinas
• Oferecer pistas de orientação têmporo-espacial
• Evitar Confrontos
• Promover segurança;
• Quanto a alimentação:
- O paciente pode esquecer que já se alimentou;
- Pode não recordar de como utilizar os talheres;
- Os sinais de DISFAGIA são freqüentes exigindo avaliação do profissional fonoaudiólogo para investigação da causa ;
A Fase Final da Doença os familiares e cuidadores muitas vezes encontram-se mais envolvidos com a atual situação, pois o demenciado:
• Não reconhece os familiares;
• Não se reconhece no espelho;
• Encontra-se desorientado;
• Quando deambula aumentam os risco de quedas;
• Quanto a linguagem pode apresentar ECOLALIAS evoluindo para o MUTISMO;
• Total dependência para AVDs
A Intervenção Terapêutica Fonoaudiológica durante a Fase Final da Doença de Alzheimer deve ser baseada:
• Manutenção da dignidade;
• Fornecer um ambiente seguro;
• Manutenção do quadro clínico, evitando complicações respiratórias e agravamentos;
Ao cuidador prestar toda a orientação e apoio possível.
"Acreditamos portanto, que sempre há algo que possamos tentar,
(...) algo a mais que possamos fazer
(...) que possa quebrar o isolamento em que vivem."
Técnica de Reabilitação Cognitiva
Meus queridos leitores, colegas de trabalho e apreciadores deste blog, resolvi postar esta matéria, por que há anos venho estudando sobre esta triste doença que destrói tantas famílias, tantos sonhos e a dignidade de quem à possui. Infelizmente venho sofrendo há algum tempo, por "depender" dessa doença também em "minha vida" e na vida de minha família. Minha avó à possui, e hoje ela não me reconhece mais. Existem picos de lucidez, que às vezes me causa momentos de felicidade misturado com pontos de pura angústia, por que logo sei que essa tamanha lucidez que de fato é mínima, acabará em alguns segundos. Quando vou vê-la, passo horas conversando com ela tentando resgatar histórias, que ao longo do tempo se perderam em sua memória, mas ainda restam alguns resquícios que mesmo pequeninos aproveito-os para estimulá-la. Algumas vezes consigo resultados ótimos, principalmente quando nenhum fator orgânico esteja atrapalhando, como por ex: infecção urinária ou pneumonia por broncoaspiração que às vezes acontece. Mas continuo em uma luta constante para tê-la presente não somente de corpo mas também de "alma", digo isto porque tento mantê-la viva não em sentido orgânico mas também espiritual, porém, muitas vezes me frustro pois nem sempre isso é possível. Costumo dizer que ela ainda é minha avó, mas eu não sou mais sua neta, ela está em mim, mas não estou mais nela. Eu à perdi, sem realmente perdê-la. Ela está aqui, mas não está mais! Pra quem tem alguém na família com esta doença e passa por esse sofrimento, hoje no Brasil contamos com o site da ABRAZ que traz valiosas informações e ainda contamos com um projeto de amparo à família. Logo abaixo deixo o link do site para quem deseja maiores informações. Quem quiser pode postar o comentário sobre a matéria, ok? Abraço à todos!!! Aqui posto uma foto minha e da minha querida avó!
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AVISO
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1 comentários:
faço fonoaudiologia na UFMG- universidade federal de minas gerais- e sua postagem foi de grande auxilio para a minha pesquisa na área de neuroanatomia, muitissimo obg
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