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Ato de amor, a importância do leite materno vai muito além da alimentação do bebê, sendo essencial não só para construir um importante vínculo afetivo com a mãe, como, principalmente, garantir a saúde da criança por toda a vida. E os benefícios não atingem somente o bebê: o ato de amamentar diminui as chances de a mulher desenvolver doenças como câncer de mama e ainda é uma maneira de queimar os quilinhos a mais, adquiridos durante a gravidez.
O leite materno contém todas as proteínas, açúcares, gorduras, vitaminas e água essenciais para a alimentação do bebê, além de ser rico em anticorpos e glóbulos brancos, fundamentais para o fortalecimento do sistema imunológico. Eles protegem a criança contra o desenvolvimento de infecções e doenças como bronquite, pneumonia, meningite e até câncer, além de diminuírem a probabilidade de ela desenvolver obesidade ou diabetes do tipo I, quando adulta.
Mas, além de atuar na constituição e fortalecimento do sistema imunológico do bebê, o leite da mãe traz vários outros benefícios para o desenvolvimento da criança ao longo da vida. O aleitamento materno promove o estabelecimento de uma ligação emocional muito forte entre a mãe e o bebê, o que, conforme estudos comprovaram, facilita o seu desenvolvimento e torna-o mais confiante para relacionar-se com outras pessoas. Outra vantagem é o fato de que mamar no peito melhora a formação da boca e tem papel essencial no alinhamento dos dentes da criança, favorecendo também a fala e a respiração.
Mesmo diante de todos esses benefícios, muitas mulheres ainda deixam de amamentar seus bebês. Algumas, por vaidade, e outras, por não conseguirem, já que muitas vezes há dificuldades em aninhar o bebê junto ao seio e estabelecer uma correta rotina de amamentação, entre outras dificuldades. Nesses casos, como o aleitamento materno é muito incentivado hoje em dia, mas não bem orientado, as mães ficam com uma culpa enorme quando não conseguem amamentar seus filhos. Para evitar que isso aconteça, aí vão algumas dicas sobre o melhor procedimento na hora da amamentação:
- Procure sempre um lugar tranquilo para amamentar, sem que ninguém atrapalhe você e o bebê nessa hora tão importante. A posição ideal para uma boa amamentação é aquela em que o bebê consegue abocanhar toda a aréola do seio materno.
- Se o bebê já berra de fome logo ao acordar, tente acordá-lo um pouquinho antes para que ele não chore de fome, dificultando a pega. Ele estará mais calmo e isso evitará o estresse de ambos na hora da mamada.
- Caso o bebê costume acordar faminto logo depois de ter mamado, uma boa dica é, antes de dar o peito, esvaziá-lo um pouco para retirar o leite anterior, que é constituído basicamente por água. É essa água que mata a sede do bebê, razão pela qual ele nem precisa beber água. Quando o peito é esvaziado, o leite restante é o posterior, mais rico em gordura, que sacia melhor o bebê e permite mais tempo de sono.
- Não mude o bebê de peito sem que ele esvazie completamente o primeiro. Quando isso acontece, ele bebe somente o leite mais fraco, aquele rico em água, e fica com fome logo depois. Por isso, é importante deixá-lo esvaziar todo um peito para depois oferecer o outro, para que ele mame tanto o leite rico em água quanto o rico em gordura.
- Se o peito estiver muito cheio de leite, é bom esvaziá-lo um pouco antes de oferecer ao bebê. Quando as mamas estão muito cheias, o bebê só consegue abocanhar o bico, machucando a mãe.
Atuação Fonoaudiológica
O manejo fonoaudiológico adequado da lactação é um facilitador para a amamentação bem-sucedida em recém-nascidos. A literatura evidencia a importância do acesso das mães de recém-nascidos prematuros a serviços de apoio ao aleitamento materno para que mantenham uma produção láctea suficiente; entretanto, aspectos práticos de estímulo à alimentação com leite humano estão cada vez mais sendo incorporados às rotinas de atendimento de prematuros na maior parte das unidades neonatais.
O incentivo ao aleitamento materno continua sendo um grande desafio em saúde pública, considerando-se o alto índice de desmame precoce. Segundo Bueno, (2004) estes problemas podem ser minimizados através de ações sistematizadas de incentivo ao aleitamento materno incluindo cuidados básicos no aleitamento materno como:
1) Pré-Natal:
O pré-natal é o momento ideal para iniciar o trabalho de preparação para o aleitamento materno, através da formação de grupos de gestantes e atendimento individual. O fonoaudiólogo deve desenvolver dinâmicas de grupo, com a participação ativa das gestantes, buscando trabalhar com o conhecimento que elas têm sobre a amamentação, principais tabus existentes abordando temas como: a anatomia da mama, fisiologia da lactação, cuidados com a mama, nutrição, aspectos emocionais e importância do leite materno para o bebê.
2) Período Peri-Natal:
A equipe hospitalar deve incentivar e promover a amamentação ainda na sala de parto.A mamada na primeira meia-hora após o nascimento, traz vários benefícios: reforça o vínculo mãe-bebê; facilita o início da amamentação, previne problemas na mama; auxilia a involução uterina e protege a criança e a mãe contra infecções hospitalares. Durante o trabalho de visitas às maternidades, realizados por fonoaudiólogos, é fundamental que sejam reforçadas com a mãe as orientações sobre aleitamento, cuidados com as mamas e que a mãe seja orientada a procurar a Unidade de Saúde para realizar o teste do Pezinho e da Orelhinha, consulta pós-parto, vacinação e acompanhamento de mães que apresentam maior risco de desmame (baixa renda, adolescentes, baixa escolaridade).
3) Período Pós-Natal:
- O ideal é que mãe e filho permaneçam em alojamento conjunto.
- Deve-se orientar à mãe sobre os reflexos do bebê que auxiliam a mamar: Reflexo de busca; Reflexo de sucção; Reflexo de deglutição.
- A mãe deve ser orientada sobre como colocar o bebê no peito, as posições que facilitam a mamada, sobre a importância do esvaziamento das mamas, evitando complicações.
Contra-indicações do aleitamento materno
Contra-indicações temporárias
Existem situações que, enquanto não resolvidas, impedem temporariamente as mães de dar o peito aos seus filhos. Um exemplo são as mães com algumas doenças infecciosas, como a varicela, herpes com lesões mamárias, tuberculose não tratada, ou ainda situações em que seja necessário recorrer a certos tipos de medicação. Os bebês, durante esses períodos, devem ser alimentados com leite artificial, por copo ou colher, mas a produção de leite materno deverá ser estimulada e incentivada, a fim de possibilitar a relactação, quando superado o impedimento.
Contra-indicações definitivas
As contra-indicações definitivas do aleitamento materno não são freqüentes, mas existem. Mães com doenças graves, crônicas ou debilitantes, mães infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (SIDA), mães que necessitem prolongadamente de fármacos nocivos para os bebês, e ainda bebês com certas doenças metabólicas. As mães com hepatite B e hepatite C, porém, podem dar o peito aos seus filhos e só se tiverem fissuras nos mamilos é que devem abster-se de amamentar.
SUCESSO E INSUCESSO NO ALEITAMENTO MATERNO
A maior parte das mulheres poderão amamentar com sucesso desde que devidamente esclarecidas, encorajadas e apoiadas na sua prática. Como processo interativo de satisfação das necessidades físicas e psicológicas do bebê e da mãe, a amamentação bem sucedida depende de uma opção fundamentada em vivências pessoais, sociais e educativas facilitadoras da amamentação, e requer apoio familiar, confiança da mãe na sua capacidade para amamentar e para cuidar do filho, um bebê capaz de mamar eficazmente, que cresce e se desenvolve, e assistência por fonoaudiólogos capazes de atuar de forma motivadora e de ensinar a agir, de modo a tornar a amamentação um êxito e a propiciar prazer em amamentar e em mamar.
O sucesso do aleitamento materno pode ainda ser definido pela qualidade da interação entre mãe e bebê, durante a mamada, pois esta proporciona a oportunidade de contato físico e visual e a vivência da cooperação mútua entre eles.
Um aleitamento materno com sucesso ocasiona, habitualmente, uma boa transferência de leite entre a mãe e o bebê. A transferência de leite refere-se, não à quantidade de leite que a mãe produz, mas à que o bebê obtém, sendo a atuação do bebê particularmente importante na regulação da quantidade de leite que ingere, na duração da mamada e na produção do leite pela mãe.
Em suma, o sucesso do aleitamento materno depende mais do desejo da mãe amamentar o seu filho do que de qualquer outro fator. Porém, é preciso que esta, além de motivada, esteja preparada e disponha de condições para fazê-lo.
PRECOCIDADE NA DECISÃO DE AMAMENTAR
A maioria das mulheres, antes de engravidar, já decidiu a forma de alimentar o seu bebê. Uma decisão tardia pode conduzir ao insucesso no aleitamento materno. Apesar de que um grande número de mulheres começarem por dar o peito, é também verdade que a maior parte delas abandona esta prática no primeiro mês pós-parto.
Com base em estudos que sugerem que, geralmente, a tomada de decisão em amamentar acontece antes, ou no início, da gestação, e que só um pequeno número de mães deixa essa decisão para depois do parto, consideramos que a gravidez é uma boa altura para se preparar a futura mãe para a amamentação. Essa preparação é um processo complexo, dependente de múltiplas variáveis, cujo peso relativo varia provavelmente de pessoa para pessoa, de acordo com a pressão social, o imaginário coletivo e as opiniões pessoais e em que as experiências próprias e as opiniões de pessoas significativas são determinantes, bem como certos fatores perinatais que tanto podem incrementar como debelar as decisões tomadas previamente.
Uma mãe motivada para amamentar antes do filho nascer tem habitualmente mais autoconfiança e descontração a seguir ao nascimento, sendo a possibilidade de sucesso muito maior, se a decisão de amamentar for tomada antes do nascimento. O desejo de amamentar já na gravidez é um sinal positivo para o seu êxito. Apesar das dúvidas, mais freqüentes no primeiro filho, dar de mamar é um ato fácil e acessível a quase todas as mães.
Contudo, se depois de informada a mãe decidir não amamentar, ou se existir alguma contra-indicação válida, não deve, em nenhuma circunstância ser ou sentir-se culpada.
É importante ter a noção de que a decisão de amamentar depende do binômio mãe/filho. Uma das primeiras contra-indicações para amamentar é a mãe não querer. Compete-nos explicar as vantagens, mas se mesmo assim a mãe recusa, há que evitar criar sentimentos de culpa cuja influência se pode refletir negativamente na relação mãe/filho.
Muitas mulheres se sentem pressionadas durante a gravidez a tomar a decisão firme e segura acerca da amamentação.
Os conflitos sobre se serão adequadas como mães, as memórias da maneira como as suas mães davam de mamar aos bebês, as preocupações sobre a forma dos seios, tudo isto pode interferir com uma decisão racional, pelo que habitualmente estimula as mães a tomarem a decisão quando tiverem os bebês nos braços, o que é facilitado pelas reações do bebê e pelo desejo instintivo de o alimentar.
Associada à vontade inata de querer amamentar, é a atitude dos profissionais de saúde que se torna decisiva no suporte de uma mãe que o pretende fazer. Durante a gravidez as dúvidas são muitas e a futura mãe interroga-se muitas vezes se deve ou não dar de mamar, debatendo-se com uma série de sentimentos contraditórios que em nada a ajudam a tomar uma decisão, por um lado desagrada-lhe ficar com os seios flácidos, por outro pensa nas vantagens da amamentação.
CONTATO MÃE-FILHO
O contato precoce, pele com pele, após o nascimento, o alojamento conjunto, assim como a oportunidade do bebê mamar na primeira meia hora pós-parto, são fatores importantes para o sucesso da amamentação. Porque, imediatamente após o parto, o bebê está muito sensível, esse momento deve ser aproveitado para iniciar a vinculação mãe-filho e a primeira adaptação do recém-nascido ao seio. Após o parto, tanto a mãe como o bebê vivem momentos de grande receptividade. É durante este período que se deve proporcionar contato precoce, não tanto com fins nutritivos mas para estabelecer um bom vínculo inicial.
Para que se forme uma ligação mental e nutritiva entre a mãe e o filho, ligação que ambos necessitam, é necessário que o contato ocorra o mais precocemente possível, após o parto.
O contacto precoce entre mãe e filho pode ser um fator importante para o sucesso do aleitamento materno, através da melhor integração e comportamento afetuosos da díade. Assim, a separação mãe-filho logo após o nascimento desperta insegurança materna, dificulta o aleitamento e priva o bebê do carinho e cuidado da sua mãe.
Imediatamente após o parto normal, os reflexos de busca e de sucção do recém-nascido são particularmente vigorosos e a mãe geralmente está ansiosa por ver e tocar o seu filho. Encorajar o contato entre a mãe e o filho e permitir que este sugue a mama será benéfico, reforçará a ligação afetiva mãe-filho e estimulará a secreção láctea.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/8940/1/Aleitamento-Materno/pagina1.html
Leia mais em: http://www.webartigos.com/articles/8940/1/Aleitamento-Materno/pagina1.html#ixzz1STUjeUfc
Aleitamento Materno e Fonoaudiologia
Ato de amor, a importância do leite materno vai muito além da alimentação do bebê, sendo essencial não só para construir um importante vínculo afetivo com a mãe, como, principalmente, garantir a saúde da criança por toda a vida. E os benefícios não atingem somente o bebê: o ato de amamentar diminui as chances de a mulher desenvolver doenças como câncer de mama e ainda é uma maneira de queimar os quilinhos a mais, adquiridos durante a gravidez.
O leite materno contém todas as proteínas, açúcares, gorduras, vitaminas e água essenciais para a alimentação do bebê, além de ser rico em anticorpos e glóbulos brancos, fundamentais para o fortalecimento do sistema imunológico. Eles protegem a criança contra o desenvolvimento de infecções e doenças como bronquite, pneumonia, meningite e até câncer, além de diminuírem a probabilidade de ela desenvolver obesidade ou diabetes do tipo I, quando adulta.
Mas, além de atuar na constituição e fortalecimento do sistema imunológico do bebê, o leite da mãe traz vários outros benefícios para o desenvolvimento da criança ao longo da vida. O aleitamento materno promove o estabelecimento de uma ligação emocional muito forte entre a mãe e o bebê, o que, conforme estudos comprovaram, facilita o seu desenvolvimento e torna-o mais confiante para relacionar-se com outras pessoas. Outra vantagem é o fato de que mamar no peito melhora a formação da boca e tem papel essencial no alinhamento dos dentes da criança, favorecendo também a fala e a respiração.
Mesmo diante de todos esses benefícios, muitas mulheres ainda deixam de amamentar seus bebês. Algumas, por vaidade, e outras, por não conseguirem, já que muitas vezes há dificuldades em aninhar o bebê junto ao seio e estabelecer uma correta rotina de amamentação, entre outras dificuldades. Nesses casos, como o aleitamento materno é muito incentivado hoje em dia, mas não bem orientado, as mães ficam com uma culpa enorme quando não conseguem amamentar seus filhos. Para evitar que isso aconteça, aí vão algumas dicas sobre o melhor procedimento na hora da amamentação:
- Procure sempre um lugar tranquilo para amamentar, sem que ninguém atrapalhe você e o bebê nessa hora tão importante. A posição ideal para uma boa amamentação é aquela em que o bebê consegue abocanhar toda a aréola do seio materno.
- Se o bebê já berra de fome logo ao acordar, tente acordá-lo um pouquinho antes para que ele não chore de fome, dificultando a pega. Ele estará mais calmo e isso evitará o estresse de ambos na hora da mamada.
- Caso o bebê costume acordar faminto logo depois de ter mamado, uma boa dica é, antes de dar o peito, esvaziá-lo um pouco para retirar o leite anterior, que é constituído basicamente por água. É essa água que mata a sede do bebê, razão pela qual ele nem precisa beber água. Quando o peito é esvaziado, o leite restante é o posterior, mais rico em gordura, que sacia melhor o bebê e permite mais tempo de sono.
- Não mude o bebê de peito sem que ele esvazie completamente o primeiro. Quando isso acontece, ele bebe somente o leite mais fraco, aquele rico em água, e fica com fome logo depois. Por isso, é importante deixá-lo esvaziar todo um peito para depois oferecer o outro, para que ele mame tanto o leite rico em água quanto o rico em gordura.
- Se o peito estiver muito cheio de leite, é bom esvaziá-lo um pouco antes de oferecer ao bebê. Quando as mamas estão muito cheias, o bebê só consegue abocanhar o bico, machucando a mãe.
Atuação Fonoaudiológica
O manejo fonoaudiológico adequado da lactação é um facilitador para a amamentação bem-sucedida em recém-nascidos. A literatura evidencia a importância do acesso das mães de recém-nascidos prematuros a serviços de apoio ao aleitamento materno para que mantenham uma produção láctea suficiente; entretanto, aspectos práticos de estímulo à alimentação com leite humano estão cada vez mais sendo incorporados às rotinas de atendimento de prematuros na maior parte das unidades neonatais.
O incentivo ao aleitamento materno continua sendo um grande desafio em saúde pública, considerando-se o alto índice de desmame precoce. Segundo Bueno, (2004) estes problemas podem ser minimizados através de ações sistematizadas de incentivo ao aleitamento materno incluindo cuidados básicos no aleitamento materno como:
1) Pré-Natal:
O pré-natal é o momento ideal para iniciar o trabalho de preparação para o aleitamento materno, através da formação de grupos de gestantes e atendimento individual. O fonoaudiólogo deve desenvolver dinâmicas de grupo, com a participação ativa das gestantes, buscando trabalhar com o conhecimento que elas têm sobre a amamentação, principais tabus existentes abordando temas como: a anatomia da mama, fisiologia da lactação, cuidados com a mama, nutrição, aspectos emocionais e importância do leite materno para o bebê.
2) Período Peri-Natal:
A equipe hospitalar deve incentivar e promover a amamentação ainda na sala de parto.A mamada na primeira meia-hora após o nascimento, traz vários benefícios: reforça o vínculo mãe-bebê; facilita o início da amamentação, previne problemas na mama; auxilia a involução uterina e protege a criança e a mãe contra infecções hospitalares. Durante o trabalho de visitas às maternidades, realizados por fonoaudiólogos, é fundamental que sejam reforçadas com a mãe as orientações sobre aleitamento, cuidados com as mamas e que a mãe seja orientada a procurar a Unidade de Saúde para realizar o teste do Pezinho e da Orelhinha, consulta pós-parto, vacinação e acompanhamento de mães que apresentam maior risco de desmame (baixa renda, adolescentes, baixa escolaridade).
3) Período Pós-Natal:
- O ideal é que mãe e filho permaneçam em alojamento conjunto.
- Deve-se orientar à mãe sobre os reflexos do bebê que auxiliam a mamar: Reflexo de busca; Reflexo de sucção; Reflexo de deglutição.
- A mãe deve ser orientada sobre como colocar o bebê no peito, as posições que facilitam a mamada, sobre a importância do esvaziamento das mamas, evitando complicações.
Contra-indicações do aleitamento materno
Contra-indicações temporárias
Existem situações que, enquanto não resolvidas, impedem temporariamente as mães de dar o peito aos seus filhos. Um exemplo são as mães com algumas doenças infecciosas, como a varicela, herpes com lesões mamárias, tuberculose não tratada, ou ainda situações em que seja necessário recorrer a certos tipos de medicação. Os bebês, durante esses períodos, devem ser alimentados com leite artificial, por copo ou colher, mas a produção de leite materno deverá ser estimulada e incentivada, a fim de possibilitar a relactação, quando superado o impedimento.
Contra-indicações definitivas
As contra-indicações definitivas do aleitamento materno não são freqüentes, mas existem. Mães com doenças graves, crônicas ou debilitantes, mães infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (SIDA), mães que necessitem prolongadamente de fármacos nocivos para os bebês, e ainda bebês com certas doenças metabólicas. As mães com hepatite B e hepatite C, porém, podem dar o peito aos seus filhos e só se tiverem fissuras nos mamilos é que devem abster-se de amamentar.
SUCESSO E INSUCESSO NO ALEITAMENTO MATERNO
A maior parte das mulheres poderão amamentar com sucesso desde que devidamente esclarecidas, encorajadas e apoiadas na sua prática. Como processo interativo de satisfação das necessidades físicas e psicológicas do bebê e da mãe, a amamentação bem sucedida depende de uma opção fundamentada em vivências pessoais, sociais e educativas facilitadoras da amamentação, e requer apoio familiar, confiança da mãe na sua capacidade para amamentar e para cuidar do filho, um bebê capaz de mamar eficazmente, que cresce e se desenvolve, e assistência por fonoaudiólogos capazes de atuar de forma motivadora e de ensinar a agir, de modo a tornar a amamentação um êxito e a propiciar prazer em amamentar e em mamar.
O sucesso do aleitamento materno pode ainda ser definido pela qualidade da interação entre mãe e bebê, durante a mamada, pois esta proporciona a oportunidade de contato físico e visual e a vivência da cooperação mútua entre eles.
Um aleitamento materno com sucesso ocasiona, habitualmente, uma boa transferência de leite entre a mãe e o bebê. A transferência de leite refere-se, não à quantidade de leite que a mãe produz, mas à que o bebê obtém, sendo a atuação do bebê particularmente importante na regulação da quantidade de leite que ingere, na duração da mamada e na produção do leite pela mãe.
Em suma, o sucesso do aleitamento materno depende mais do desejo da mãe amamentar o seu filho do que de qualquer outro fator. Porém, é preciso que esta, além de motivada, esteja preparada e disponha de condições para fazê-lo.
PRECOCIDADE NA DECISÃO DE AMAMENTAR
A maioria das mulheres, antes de engravidar, já decidiu a forma de alimentar o seu bebê. Uma decisão tardia pode conduzir ao insucesso no aleitamento materno. Apesar de que um grande número de mulheres começarem por dar o peito, é também verdade que a maior parte delas abandona esta prática no primeiro mês pós-parto.
Com base em estudos que sugerem que, geralmente, a tomada de decisão em amamentar acontece antes, ou no início, da gestação, e que só um pequeno número de mães deixa essa decisão para depois do parto, consideramos que a gravidez é uma boa altura para se preparar a futura mãe para a amamentação. Essa preparação é um processo complexo, dependente de múltiplas variáveis, cujo peso relativo varia provavelmente de pessoa para pessoa, de acordo com a pressão social, o imaginário coletivo e as opiniões pessoais e em que as experiências próprias e as opiniões de pessoas significativas são determinantes, bem como certos fatores perinatais que tanto podem incrementar como debelar as decisões tomadas previamente.
Uma mãe motivada para amamentar antes do filho nascer tem habitualmente mais autoconfiança e descontração a seguir ao nascimento, sendo a possibilidade de sucesso muito maior, se a decisão de amamentar for tomada antes do nascimento. O desejo de amamentar já na gravidez é um sinal positivo para o seu êxito. Apesar das dúvidas, mais freqüentes no primeiro filho, dar de mamar é um ato fácil e acessível a quase todas as mães.
Contudo, se depois de informada a mãe decidir não amamentar, ou se existir alguma contra-indicação válida, não deve, em nenhuma circunstância ser ou sentir-se culpada.
É importante ter a noção de que a decisão de amamentar depende do binômio mãe/filho. Uma das primeiras contra-indicações para amamentar é a mãe não querer. Compete-nos explicar as vantagens, mas se mesmo assim a mãe recusa, há que evitar criar sentimentos de culpa cuja influência se pode refletir negativamente na relação mãe/filho.
Muitas mulheres se sentem pressionadas durante a gravidez a tomar a decisão firme e segura acerca da amamentação.
Os conflitos sobre se serão adequadas como mães, as memórias da maneira como as suas mães davam de mamar aos bebês, as preocupações sobre a forma dos seios, tudo isto pode interferir com uma decisão racional, pelo que habitualmente estimula as mães a tomarem a decisão quando tiverem os bebês nos braços, o que é facilitado pelas reações do bebê e pelo desejo instintivo de o alimentar.
Associada à vontade inata de querer amamentar, é a atitude dos profissionais de saúde que se torna decisiva no suporte de uma mãe que o pretende fazer. Durante a gravidez as dúvidas são muitas e a futura mãe interroga-se muitas vezes se deve ou não dar de mamar, debatendo-se com uma série de sentimentos contraditórios que em nada a ajudam a tomar uma decisão, por um lado desagrada-lhe ficar com os seios flácidos, por outro pensa nas vantagens da amamentação.
CONTATO MÃE-FILHO
O contato precoce, pele com pele, após o nascimento, o alojamento conjunto, assim como a oportunidade do bebê mamar na primeira meia hora pós-parto, são fatores importantes para o sucesso da amamentação. Porque, imediatamente após o parto, o bebê está muito sensível, esse momento deve ser aproveitado para iniciar a vinculação mãe-filho e a primeira adaptação do recém-nascido ao seio. Após o parto, tanto a mãe como o bebê vivem momentos de grande receptividade. É durante este período que se deve proporcionar contato precoce, não tanto com fins nutritivos mas para estabelecer um bom vínculo inicial.
Para que se forme uma ligação mental e nutritiva entre a mãe e o filho, ligação que ambos necessitam, é necessário que o contato ocorra o mais precocemente possível, após o parto.
O contacto precoce entre mãe e filho pode ser um fator importante para o sucesso do aleitamento materno, através da melhor integração e comportamento afetuosos da díade. Assim, a separação mãe-filho logo após o nascimento desperta insegurança materna, dificulta o aleitamento e priva o bebê do carinho e cuidado da sua mãe.
Imediatamente após o parto normal, os reflexos de busca e de sucção do recém-nascido são particularmente vigorosos e a mãe geralmente está ansiosa por ver e tocar o seu filho. Encorajar o contato entre a mãe e o filho e permitir que este sugue a mama será benéfico, reforçará a ligação afetiva mãe-filho e estimulará a secreção láctea.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/8940/1/Aleitamento-Materno/pagina1.html
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