http://advance.uconn.edu/2004/040301/04030110.htm |
A enfermeira-chefe da UTI Neonatal do Hospital de Clínicas e tutora da capacitação, Viviane Trevisan, destacou que o método canguru é dividido em três etapas – na primeira, ainda com o bebê internado, a mãe permanece com o bebê o maior tempo possível, dentro das regras da unidade. Na segunda etapa, a mãe é reinternada e passa praticamente todo o tempo com o filho na UTI. E na terceira, o método continua sendo aplicado em casa, depois da alta médica.
“Os pais se sentem inseguros e assustados com o bebê prematuro, por isso durante a aplicação do método ensinamos outras técnicas para aproximar a mãe do bebê, como facilitar a entrada dela na unidade intensiva, ajuda-la a dar banho e cobrir a incubadora para que fique mais aconchegante para o bebê”, explicou Viviane. A ideia é que a família se sinta tranquila e apta a cuidar do prematuro quando ele receber alta.
O Hospital do Trabalhador também aplica a primeira etapa do método em sua UTI neonatal. “Conhecemos as vantagens, que são inúmeras. Agora com o conhecimento técnico poderemos ampliar nossa atuação”, disse a enfermeira e coordenadora da UTI neonatal, Roseli Batista Diniz. O hospital, que é uma unidade da Secretaria da Saúde, estuda a possibilidade de adotar o método na sua integralidade.
A enfermeira da Universidade Estadual de Londrina, Edilaine Giovanini Rossetto, disse que no Hospital Universitário o método é aplicado nas visitas dos familiares aos bebês internados. “O ideal é que a mãe passe o maior tempo possível com o bebê. Também temos muitos pais e avós que pedem para fazer parte do processo”, disse.
O médico pediatra e coordenador da UTI neonatal do Hospital Municipal de São José dos Pinhais, Onildo Palhari, afirmou estar satisfeito com os conhecimentos técnicos adquiridos na semana de capacitação. “Viemos em quatro profissionais, três enfermeiras e eu. Agora com a reforma da maternidade pretendemos ampliar o espaço e realizar também a segunda etapa do processo”, disse.
Os hospitais que desejarem obter mais informações sobre a capacitação devem entrar em contato com a Secretaria Estadual da Saúde.
O MÉTODO - Criado na Colômbia em 1979, o método é fundamental para o desenvolvimento de bebês prematuros – especialmente para aqueles com menos de 1,5 kg. Nele, o bebê fica preso ao corpo da mãe ou familiar o maior tempo possível, o que fortalece o vínculo entre eles, incentiva a amamentação e ajuda no desenvolvimento da criança. “O método de humanização também diminui o tempo de internação e minimiza os impactos de procedimentos que são feitos enquanto ele permanece internado”, explicou a coordenadora do programa de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, Rogéria Fadel."
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