Tontura, vertigem e problemas para se equilibrar. Popularmente, sintomas como esses são relacionados quase que de imediato à labirintite, o termo leigo e superficial (mas amplamente usado) que engloba as diversas enfermidades que comprometem de alguma maneira o labirinto (também chamado de labirinto vestibular ou aparelho vestibular), estrutura do ouvido interno responsável pela manutenção do equilíbrio.
O aparelho vestibular funciona continuamente, inclusive durante o sono, inconscientemente. Ele é composto pelos canais semicirculares e o vestíbulo. Internamente é preenchido por estruturas membranosas e líquidosque permitem transformar em sinal biológico as forças provocadas pela aceleração da cabeça e da gravidade, fazendo com que o cérebro receba informações relacionadas ao nosso movimento e posicionamento. Esta complexa estrutura que nos permite manter a postura e o equilíbrio nas circunstâncias mais adversas.
A labirintite pode aparecer em qualquer idade, decorrente de inúmeras alterações como: processos inflamatórios, infecciosos e tumorais, metabólicos, doenças neurológicas, compressões mecânicas e alterações genéticas. Um exemplo são os níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico, que podem causar alterações dentro das artérias, o que reduz a quantidade de sangue circulando nas áreas do cérebro e do labirinto.Estresse, ansiedade, hipoglicemia, diabetes, hipertensão e otites, além do uso de álcool, fumo, café, antibióticos e antiinflamatórios, são considerados fatores de risco para o surgimento da labirintite.
Além das tonturas, desequilíbrios e vertigens, podem ou não aparecer sintomas como perda de audição, zumbidos, náuseas, vômitos, sudorese e sintomas gastrintestinais. É comum ter a sensação de que o ambiente gira ao redor do corpo e a de que se está pisando no vazio ou até caindo. As crises podem durar de minutos a até dias.
O diagnóstico do problema é feito através de avaliação clínica e exame otoneurológico completo. É importante que seja realizado o diagnóstico diferencial, pois, como existem diversas enfermidades que provocam sintomas parecidos, é necessário um diagnóstico correto. Já o tratamento varia muito, de acordo com a doença que a está causando, podendo ser desde medicação, até uma fisioterapia labiríntica, chamada terapia de reabilitação vestibular.
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