A toxina botulínica é um agente paralizante produzido pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo. A principal ação dessa droga é bloquear a liberação do neurotransmissor acetilcolina, responsável pela contração muscular, secreção salivar e das glândulas sudoríparas. A Toxina Botulínica pode ser usada no tratamento da paralisia cerebral, de modo a possibilitar uma melhor qualidade de vida nestes pacientes.
Aproveitando essa propriedade, essa toxina foi sintetizada em laboratório para o tratamento da espasticidade, certos tipos de distonia, algumas cefaléias crônicas, sialorréia (salivação excessiva) e hiperidrose (sudorese excessiva).
A paralisia cerebral é uma lesão do cérebro provocada, principalmente, pela falta de oxigenação das células cerebrais. Ela pode ocorrer durante a gestação, na hora do parto ou mesmo durante o processo de amadurecimento do bebê. A alteração do tônus muscular, ou espasticidade, é a conseqüência mais comum da paralisia e acontece em 75% dos casos. Este distúrbio consiste na contração excessiva da musculatura e provoca dificuldades funcionais graves dos movimentos, posturas anormais e dor, tornando os portadores dependentes da ajuda de outras pessoas para atividades como a alimentação, higiene e locomoção.
Esta doença não é reversível, mas com tratamento médico é possível amenizar a dor e devolver à criança a qualidade de vida perdida. Um dos procedimentos mais utilizados atualmente na reabilitação destes pacientes é a aplicação da Toxina Botulínica Tipo A, o famoso BOTOX®, muito conhecido por seu uso estético para atenuar as rugas. A substância é aplicada no músculo afetado e relaxa a musculatura, bloqueando a atividade motora involuntária. Com isso, além de reduzir a dor, a técnica melhora a movimentação dos membros afetados e, com todo o processo de reabilitação, que inclui uma equipe multidisciplinar, muitas crianças conseguem voltar a andar, retomar as atividades do dia-dia e, o mais importante de tudo, brincar e estudar.
O tratamento é disponibilizado pelo SUS, coberto por planos de saúde regulamentados pela Lei 9656/98 e oferecido também por algumas entidades de assistência à criança com paralisia cerebral.
Saiba mais sobre BOTOX®
Derrame cerebral, paralisia cerebral e traumatismo craniano eventualmente ocasionam seqüelas que causam contrações ou movimentos involuntários nos músculos acometidos. Entretanto, apesar dos contínuos avanços da medicina, muitas patologias/lesões não têm cura definitiva.
Dessa forma, os esforços concentram-se em encontrar modos de reduzir a intensidade dos sintomas. Graças à ação bloqueadora da contração muscular, BOTOX® tem sido considerado pelos especialistas como a melhor opção terapêutica não-invasiva utilizada com esse fim. O tratamento dessas patologias com a toxina botulínica tipo A pode ser obtido gratuitamente em hospitais credenciados e centros de reabilitação do Brasil.
Para as indicações aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), BOTOX® é aplicado diretamente no músculo comprometido, inibindo a liberação da acetilcolina (neurotransmissor químico responsável pela contração muscular). BOTOX® relaxa a musculatura no local em que é aplicado.
O que é espasticidade?
A causa mais freqüente da espasticidade em crianças é a paralisia cerebral. Em adultos, a espasticidade é ocasionada por derrames (acidente vascular cerebral), traumatismo craniano, lesões medulares e esclerose múltipla, entre outras patologias que afetam o sistema nervoso central.
O objetivo principal da injeção de toxina botulínica tipo A (BOTOX®) é a redução do tônus do músculo ou do grupo de músculos espásticos, tratando a espasticiade. A espasticidade pode ser tratada com procedimentos sistêmicos (uso de medicamentos via oral), ou com procedimentos cirúrgicos (rizotomias e neurectomias) ou procedimentos locais por meio de bloqueios químicos com fenol e/ou toxina botulínica.
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