Desde sempre houve alunos com dificuldades de aprendizagem na escola.
Porém, a escola que conhecemos certamente não foi feita para estes
alunos: objectivos, conteúdos, metodologias, organização, funcionamento e
avaliação não são adequados a estes, o que os leva, por vezes, a não
sobreviverem à escola ou serem por ela preteridos. Os que conseguem
seguir em frente e concluir esta etapa tão importante no desenvolvimento
de cada um, fazem-no astuciosa e corajosamente, por meio de artifícios
que lhes permitem fintar o tempo, os modelos, as exigências
burocráticas, as cobranças dos professores, humilhações sofridas e,
principalmente, os resultados das avaliações.
A inclusão dos alunos com dificuldades de aprendizagem na escola,
está garantida e orientada por diversos textos legais e normativos, como
por exemplo a Declaração de Salamanca, a Lei 9.394, de 20.12.96, entre
outros. (Consulte Documentos de Apoio)
As principais dificuldades encontradas no que diz respeito à inclusão destes alunos, é o facto de:
- não haver um método definido para trabalhar com eles;
- a relutância inicial existente por parte de alguns professores em separar o comportamento destes alunos das suas dificuldades;
- receio do professor em relação às normas burocráticas, aos companheiros de trabalhos, colegas e familiares;
- a angustia do professor em relação ao nível de aprendizagem do
aluno e as suas condições para superar as avaliações obrigatórias;
- o tempo necessário para cada professor percorrer a sua trajectóri pessoal em relação a esta questão.
Tudo isto são problemas enfrentados pela maioria dos professores
quando se deparam com alunos com estas características. Sendo assim é
necessário haver mais tempo e mais ocasiões para a troca de informações
sobre os alunos, planeamento de actividades e elaboração de
instrumentos de avaliação específicos.
Sendo assim, há alguns procedimentos básicos que os professores devem tentar seguir para facilitar a aprendizagem destes mesmos alunos:
- Tratar o aluno disléxico com naturalidade;
- Usar linguagem clara, objectiva e directa para facilitar a compreensão;
- Dispor o aluno perto da mesa do professor ou do quadro para favorecer o diálogo, facilitar o acompanhamento e criar/fortalecer vínculos.
- Verificar constantemente (mas de forma discreta) se o aluno entende a explicação/instrução para poder averiguar a necessidade de uma repetição ou apresentação de outros exemplos.
- Observar se o aluno está integrado com os colegas de turma para, caso não aconteça, possa contribuir (discreta e respeitosamente) para a sua inserção no grupo.
- Evitar situações que evidenciem certas inaptidões em actividades escolares.
- Estimular, incentivar e tornar o aluno seguro para o ajudar a ultrapassar frustrações, sofrimentos, humilhações, contribuindo para o recuperação da dignidade e fortalecimento da auto-estima.
- Sugerir dicas e associações que ajudem o aluno a lembrar-se e a executar actividades ou resolver problemas.
- Evitar pedir ao aluno para realizar tarefas em frente dos colegas que o deixem incomodado como por exemplo, ler em voz alta.
- Apresentar o conhecimento em partes e de forma indutiva.
0 comentários:
Postar um comentário