Cerca de 6% da população dos EUA tem algum tipo de distúrbio da voz, a
maioria resultado da cicatrização das cordas vocais que podem diminuir
ou até levar a perda total da capacidade de falar.
Pode chamá-lo de assassino do silêncio. Dando voz aos que não tem,
pesquisadores de Harvard e do MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts) desenvolveram um material sintético que pode ser injetado
nas cicatrizes das cordas vocais para restaurar sua função.
Ao invés de encarar o problema como meramente fisiológico, os
pesquisadores olharam para as cordas vocais como uma questão mecânica.
Eles buscaram concertar o tecido cicatrizado, fixando-o através de um
material conhecido como polietileno glicol (PEG), já utilizado para
outras aplicações médicas.
O material é flexível, maleável. Ao mexer com sua estrutura
molecular, os pesquisadores foram capazes de imitar a viscosidade e a
elasticidade das cordais vocais humanas. Conhecido como PEG30, ele se
move de forma muito, muito semelhante ao tecido natural das cordas (ver
no vídeo abaixo). Além disso, o que faz a alegria dos sem voz é que o
material pode também restaurar a vibração das cordas vocais que tenham
endurecido devido à cicatrização.
Se for aprovado, o medicamento deverá ser reaplicado a cada seis
meses, pois quebra com o tempo. Mesmo assim, ele poderia recuperar a voz
de quem há muito tempo perdeu seu principal meio de expressão.
Hipescience
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