ASPECTOS EMOCIONAIS DA AMAMENTAÇÃO
Os aspectos
emocionais que envolvem a mulher durante a gestação, o parto, o pós-parto e a
amamentação, devem e precisam ser bem informados, e mais bem entendidos tanto
pelos profissionais de saúde quanto pelo pai e familiares.
Porque?
A mãe vai
passar por mudanças nos aspectos fisiológicos
e mudanças emocionais que a tornará muito sensível,emotiva,
insegura, passará por fases onde o
sofrimento será inevitável nesse momento
o papel dos profissionais, do pai e dos
familiares que acompanham nesse percurso tem que ser compreensivo,
acolhedor , escutando-a com carinho e com interesse, valorizando-a e
ajudando-a superar a expressão dos
sentimentos negativos que ela vai vivenciar e superar através dos sentimentos
positivos como o amor e o vínculos
afetivo com o seu bebê.
, AS FASES:
Ansiedade pós-parto:
Ansiedade
relacionada as expectativas quanto a integridade física do bebê
A mãe tem
dúvidas sobre a sua capacidade de amamentar
A mãe tem
dúvidas sê da conta de cuidar do bebê
A mãe tem
duvidas se consegue assumir responsabilidades
de criar um bebê
A mãe fica
ansiosa por apresentar sentimentos de
ambivalência em relação ao bebê
O que fazer?
Uma
orientação antecipatória para os principais eventos do pós-parto torna-se
imprescindível. O s profissionais de saúde, o marido eos familiares devem se
esforçar ao máximo para aliviar a ansiedade da mãe, e isto se consegue dando a
ela atenção, proteção e carinho , aceitando-a do jeito como esta comportando-se
naquele momento.
O medo
Esta presente na gestação na dor do
parto, no pós-parto
A mãe sente
medo de que o leite não seja forte
Medo de que o
leite não venha em quantidade suficiente para amamentar seu bebê
Medo de que o
leite não venha (não desça)
Sê foi
orientada, ela saberá que a descida do leite
pode demorar de 24 a 72 horas e até mais, e só se tranquiliza depois que o leite jorra
Medo de rejeição
pelo marido, pela conotação dada às mamas, por estarem bem maiores , por
estarem esguichando leite ou por acreditar, ïndevidamente, que amamentar possa
ser responsável por estrias ou flacidez da mama
Medo de ser
trocada por outra mulher por não estar fisicamente tão atraente quanto antes e
por estar se sentindo feia aos olhos do marido
O que fazer?
Uma mãe
previamente bem orientada certamente estará mais tranqüila e preparada para
enfrentar seus temores, seus medos
“Dizem que o
medo é o filho bastardo da ignorância e da incerteza”
A culpa:
A mãe que deu a
luz a um recém-nascido prematuro ou com algum defeito físico sente-se
responsável por isso. Pensa haver feito algo durante a sua vida, durante a
gravidez, que motivasse o problema do filho. Sente que o filho está pagando por
alguma coisa que ela fez de errado no
passado.
A mãe que não
consegui amamentar seus filhos desenvolvem fortes sentimentos de culpa. Ficam
com a sensação de que não cumpriram o seu papel de mãe, questionando-se sempre até que ponto algum problema que tenha
ocorrido no decorrer da vida do bebê seja devido à falta de leite materno.
Como podemos evitar a culpa da mãe?.
O incentivo ao aleitamento materno
sem que sê de condições para que ele se efetive pode causar sentimentos de
culpa nas mães que no momento se encontra impotente para remover tantos obstáculos colocado no
caminho da amamentação.
O profissional de saúde tem condições de
modificar esse quadro melhorando o apoio e a proteção a esta mãe e com isso
facilitando a remoções de muitos desses
obstáculos.
É importante
deixar a mãe expressar os seus sentimentos de culpa , sem críticas e sem
pré-julgamento, e com certeza a mãe só de falar de seus sentimentos de culpa já
é para ela
Uma maneira de resolve-los e de perceber que não é a única a
vivenciar estes sentimentos.
A frustração
O bebê sonhado,
e imaginado sempre é diferente do bebê
real, acarretando frustração momentâneas ou mais ou menos persistente
O sentimento de
amor das mães por seu bebê, não é instantâneo, mas a primeira hora parece ser um período especialmente valioso
no processo de formação de vínculos afetivos, mãe e filho, como veremos adiante
A mãe frustra também
com a própria imagem do seu corpo.
Seu abdômen não
é sentido vazio como ela esperava,
O útero diminui
de tamanho lentamente
A mãe preocupa
muito com a sua aparência pessoal,
acha-se feia.
A mãe apresenta desejos de retornar ao seu corpo
anterior, é um dos seus primeiros
interesses e gostaria de ver atendido
imediatamente, mas só acontecerá muitos meses depois.
Auto-estima:
É o sentimento que a mãe tem da
própria auto-imagem, ou do próprio valor
A construção da auto-estima, no sentido
de ser capaz de produzir leite de boa
qualidade e em quantidade suficiente para alimentar o filho, mais autoconfiança e o desejo de amamentar, são
fatores muito importante para a amamentação.
,
Autoconfiança:
É a confiança
que a mãe tem em si para desempenhar bem a amamentação e a maternidade. A
confiança pode ajudar a mãe a ter
sucesso na amamentação..
A mãe sente-se
frágil. Mas percebendo o apoio de uma pessoa a seu lado e sabendo que não
estará sozinha, ela aumenta a sua
autoconfiança e estará mais segura de vencer os prováveis obstáculo.
Ambivalência:
É o
fenômeno básico da amamentação, são conflitos, sentimentos opostos em relação a
amamentação, o querer e o não querer amamentar.
A amamentação
tem momentos agradáveis e desagradáveis.O contato estreito com o bebê pode ser muito bom para o bebê e também para a mãe . Mas para a mãe a
amamentação não é só prazer Envolve
cansaço, tolhe a liberdade e dificulta o lazer e a profissão. Por isso, ela oscila entre o
sim e o não.
A MÃE-MITO
A mãe não é vista como uma mulher
passível de ter todos os defeitos da raça humana:
-
É vista como um anjo
-
É um poço só de amor
-
É tida como perfeita
-
É capaz de todos os sacrifícios pelo seu filho
-
É capaz de se entregar totalmente
-
É capaz de ser completamente devotada ao filho
-
A mãe é capaz de
todos esses sentimentos maravilhosos
A mãe também tem conflitos em relação aos filhos:
·
A mãe tem necessidade de entrar em conflito com
as necessidades do filho. O Sim e o Não
ao filho alternam-se freqüentemente
·
Há mães cujo sentimento materno é pequeno ou
inexistente
·
Há mães cuja função materna é Hipertrofiada
·
Há mães cujo o pecado é o excesso de cuidados,
impedindo o desenvolvimento da autonomia do filho
·
Portanto, nem todas as mulheres são mães
dedicadas e felizes
Os filhos são sempre frutos do
Amor?
·
Se a mãe casou por amor, se o filho que tem é o
desejado fruto deste amor Se teve na infância uma experiência afetiva
gratificante com sua própria mãe -Se seu afeto não foi comprometido por ter
tido pais neuróticos
·
No entanto , muitas gravidez não são desejadas,
nem planejadas, sendo aceitas com o tempo. Algumas sequer são aceitas.
O período Sensitivo:
·
A mãe do mito, a mãe perfeita, não existe. Mas a
capacidade que as mães têm de amar está longe de ter desaparecido, embora
esteja, sem dúvida, escondida ou mesmo sufocada por problemas individuais. É
possível existir a mãe boa e o Período Sensitivo o qual se estende desde as
primeiras horas até os primeiros dias após o nascimento é um fator de muita
importância para reforçar na mãe o
desejável amor pelo filho, e assim
permitir a ela enfrentar com
tranqüilidade e alegria as tarefas relacionadas à Amamentação e à Maternidade.
·
O período Sensitivo acontece devido a níveis
aumentado de ocitocina no sangue da mãe.A ocitocina é responsável pela descida
do leite e pela contração uterina
Ocitocina e os Aspectos Emocionais
na Amamentação:
. Níveis aumentados de ocitocina possibilitam a instalação
de um forte vínculo afetivo mãe-filho, reforçando a cada mamada.. Durante
a mamada, mãe e filho alcançam o máximo
de contato pele à pele, e a convivência mais íntima, que facilita ainda mais o
estreitamento de laços afetivos e é cada
dia mais forte o sentimento de amor da mãe pelo filho. Portanto , ser mãe
vinculada afetivamente ao filho é um paraíso. E a Amamentação é uma das chaves da porta deste paraíso.
VÍNCULO AFETIVO MÃE-FILHO:
É uma ligação emocional,
forte, duradoura, envolvendo mãe e filho
As cabras revelam de que maneira a natureza proporciona o
vínculo afetivo entre os animais da sua
espécie. O cabritinho que logo após .scimento foram separados da mãe
por até uma hora são rejeitados por ela. Algo semelhante, mas certamente em grau muito menor, e de forma inconsciente
pode ocorrer com os recém-nascido humanos. Nestes primeiros minutos, horas e
até dias após o parto, há uma liberação intensa de ocitocina durante as
mamadas. Um período intenso de contato da mãe com o seu bebê neste período pode
significar um comportamento de muito amor e carinho durante toda vida ente mãe
e filho.
Como já vimos é no período sensitivo que há os
estabelecimento dos vínculos afetivos ente mãe-filho.É neste período que a mãe
mostra-se mais disposta e mais ativa na interação com o bebê.
FATORES QUE MELHORAM O VÍNCULO AFETIVO MÃE-FILHO:
1 – Desejo
de ter um filho
2 – Paradigma
social atual
3 – Aproveitamento
do período sensitivo
4 – Contatos
freqüentes e prolongados nas mamadas
5 – Liberação
de ocitocina nas mamadas
6 – Primeira
mamada na sala de parto
7 – Alojamento
conjunto
8 – Parto
natural, humanizado
9 – Boa
história afetiva materna
10- Suporte
profissional, familiar, social e conjugal
SINAIS DE BOM VÍNCULO:
1 – Carrega de forma confiante e segura
2 – Atenção da mãe face a face
3 – Muito toque materno
4 – Paciente com o bebê
5 – Demonstra prazer em amamentar
6 – Atenta as necessidades do bebê
7‘- Faz comentários positivos sobre o bebê
SINAIS DE MAU VÍNCULO:
1 – Nervosa
ou carrega vacilante
2 – Contato
olho no olho ausente
3 – Pouco
toque materno
4 – Impaciente
,sacolejando o bebê
5 – Demonstra
desprazer ao amamentar
6 – Desatenta às necessidades do bebê
7 – Faz
comentários negativos sobre o bebê
CAMINHOS QUE LEVAM À FELICIDADE:
O apoio afetivo e efetivo do marido
a mãe repercute no bem-estar dão bebê. Com
este apoio, a mãe tem
possibilidade de regredir, e esta regressão permite a ela sintonizar-se com as
necessidades do bebê.
O amor do bebê pela mãe
desabrocha a cada contato terno, a cada
palavra meiga, a cada olhar doce, a cada abraço afetuoso, a cada mamada
prazeirosa. A cada encontro positivo, o vínculo entre o bebê e a mãe aumenta,
dando a ela o sentimento de ser aceito, um sentimento de segurança.
A amamentação deixa o bebe feliz
pelo prazer de saciar a sua fome e sua sede, mas também pelo aconchego e contato que ele tem com a
mãe. Se
a mãe estiver adorando amamentar, certamente o bebê estará adorando ser
amamentado, porque o leite
emocional é absorvido junto com o
leite físico. A amamentação prazerosa é nutritiva, tanto física quanto
psicologicamente, pois os bebês nascem com uma grande sensibilidade para captar
sinais da qualidade do afeto dispensados a eles pelos pais. A sua sobrevivência depende da qualidade deste
afeto.
Fonte: somape.com.br
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