A laserterapia é uma tecnologia não térmica, que ativa e potencializa a atividade celular provocando reações orgânicas (biológicas) e ocasionando uma melhora sistêmica no organismo. Ela já vem sendo usada por diversos profissionais com o objeto de fornecer ao organismo energia para promover mudanças bioquímicas no meio intracelular e promover a ativação de enzimas antioxidantes, permitindo que o organismo retome sua homeostase (equilíbrio) e seu bom funcionamento.
O Conselho Federal de Fonoaudiologia – CFFa por meio da Resolução CFFa n° 541 de 15 de março de 2019, dispõe sobre o uso do recurso de Laser de Baixa Intensidade – LBI por fonoaudiólogos. A resolução garante aos profissionais o uso desse recurso somente para fins fonoaudiológicos, podendo ser aplicados nas áreas de atuação relacionadas à Motricidade Orofacial, Fala, Disfagia e Voz. O fonoaudiólogo é responsável por selecionar os parâmetros dosimétricos mais adequados para cada paciente, de acordo com a necessidade clínica e o modelo do equipamento utilizado.
Na Fonoaudiologia, o laser usado é o vermelho e o infravermelho de baixa potência, pois tem como benefício o treino muscular e acelera o ganho de força, melhorando o desempenho dos músculos durante a execução de diversas funções, como a fala. Além disso, melhora o fluxo salivar tanto em pacientes com xerostomia (falta de saliva) como na inibição da produção nos quadros onde há sialorreia (excesso de saliva).
Dessa forma, a laserterapia é uma tecnologia complementar aos exercícios fonoaudiológicos que auxilia principalmente as crianças com paralisia cerebral que apresentam alterações de tônus muscular dos músculos orofaciais, nas funções da mastigação, sialorreia e disfagia (alterações na mastigação, deglutição e broncoaspiração).
É indicado também nos casos de paralisia facial, fono estética, respirador oral, disfunção temporomandibular (DTM), apnéia do sono, disfagia, nas fissuras de mama em decorrência do aleitamento materno (pega errada) entre outros. Pacientes neurológicos, em doenças autoimunes onde haja comprometimento do neurônio motor (EM, ELA, Guillain-Barré, AVE, TCE, entre outras.)
Um outro recurso utilizado na terapia com o laser é o ILIB (Intravascular Laser Irradiation of Blood), método que consiste na irradiação vermelha intravascular no sangue. É realizado através de uma pulseira específica colocada na artéria radial no punho. Tem efeito antioxidante sistêmico (melhora o funcionamento de todos os órgãos), imunomodulador (melhora da imunidade), controle de inflamações, melhora da qualidade do sono e do sistema respiratório.
O número de sessões de laserterapia é feito conforme indicação fonoaudiológica e frequência do paciente. O recurso deve estar sempre associado à fonoterapia, sendo usado de forma complementar. Procure um fonoaudiólogo habilitado para fazer esse procedimento.
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